quinta-feira, 26 de julho de 2012

A estupidez alemã, mais uma vez...

Samaras: "Os alemães ou são estúpidos ou querem que falhemos"
http://expresso.sapo.pt/samaras-os-alemaes-ou-sao-estupidos-ou-querem-que-falhemos=f742070

Tem uma certa piada, se nos conseguirmos abstrair momentaneamente da enorme tragédia para a qual caminha a Europa, ver um líder europeu de direita chegar exactamente à mesma conclusão a que um pobre e anónimo português "não de direita" chegou há mais de dois meses, precisamente a propósito da situação da Grécia.
(http://o-estado-a-que-chegamos.blogspot.pt/2012/05/alemaes-estupidos-ou-hipocritas.html)
Quo vadis, Europa?...

A barata tonta e o mexilhão

  • "Queremos ir para além da troika"
  • "Não é por eu ser cabeçudo..."
  • O caso Relvas [qual deles?] é um não caso"
  • "Não estamos a tomar demasiado remédio para a febre"
  • "Não vamos pôr porcaria na ventoinha"
  • "Que se lixem as eleições"
  • "Governo não se pode comportar como uma barata tonta"
Este gajo passou-se!
Será que alguém disse ao nosso primeiro para ele falar "pretoguês", a fim de que os simplórios e analfabrutos tugas o compreendam?
Ou é, simplesmente, o verniz que lhe vai estalando?
Seja como for, quem se vai lixando...

sábado, 14 de julho de 2012

Passos lê mal. A culpa deve ser do novo acordo ortográfico…


Rui Moura Santos garante que a decisão do acórdão vai para além da comparação entre o público e o privado.
"A crítica parte de um postulado errado. O acórdão não se baseia na comparação entre titulares de rendimentos de origem pública ou privada. (...) Ora os rendimentos não são só públicos ou privados, porque antes de mais, esses são os rendimentos do trabalho e há outros rendimentos que estão em causa também, como os rendimentos do capital".
O presidente do Tribunal Constitucional defendeu ainda que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho reagiu "muito a quente" quando disse  que a solução passava por alargar os cortes dos subsídios ao sector privado.
Pois é, Passos, tens que aprender a ler bem, em vez de tresleres. Há que cortar nos rendimentos do capital e não apenas nos do trabalho, certo? Assim é que se vê a coragem de um político. É que com esta crise toda os ricos têm enriquecido ainda mais, ao passo que os pobres cada vez têm que viver com menos.
O argumento é sempre o mesmo: “Se taxarmos mais os ricos eles vão-se embora”. Com esta chantagem inaceitável, têm os ricos não só evitado que os governos lhes cobrem os impostos devidos, como até desviado verbas significativas de áreas sociais para os bancos e outras grandes empresas.
Chegámos mesmo ao ponto absurdo de nalguns países, como os EUA ou a França, serem os próprios milionários a pedirem para os respectivos governos lhes cobrarem mais impostos. Os nossos, por enquanto, ainda não chegaram a tanto, optando antes pelo mais bruto e reles cinismo, com observações do estilo: “não me considero rico, sou trabalhador”…

Portas e o que aí vem


“Não será comigo que Portugal vai diabolizar a função pública”.
Mas, já agora, sempre diaboliza um bocadinho:
“Temos de saber e entender que, se o problema de Portugal é défice do Estado, não é justo pretender que o sector privado tem a mesma responsabilidade de ajudar”. 
Eis uma visão original. Comparar o Estado a qualquer empresa em dificuldades. Se este se sobreendividou, os funcionários públicos que paguem. Como os cortes nos subsídios não chegariam para equilibrar as contas, mesmo sem o acórdão do TC, o que resta então? Começar a despedir, certo? É assim que se faz nas empresas…
“Por outro lado, também temos de ponderar uma outra questão, que é a da equidade na procura de todas as soluções possíveis, porque, numa circunstância adversa, temos que ter a noção de que, quando comparamos os salários e pensões nos sectores privado e público, no privado a média dos salários é mais baixa, o desemprego é maior, a estabilidade do emprego é diferente”. 
Poderia mesmo ter acrescentado mais dois pormenores: o horário de trabalho (7h versus 8h) e a saúde (ADSE versus SNS). Já para não falar na idade média de reforma.

TC entre a extinção e a governação


"Uma solução para ir buscar os dinheiros do corte dos subsídios, defende o presidente do TC, pode ser tributar os rendimentos do capital, outra é cortar no dinheiro que é dado aos partidos, como acontece na Madeira, onde os partidos dão o excedente que recebem do Estado a instituições sociais." 
Absolutamente de acordo com a primeira parte. 
Quanto à segunda, embora tenda a concordar, todos sabemos que os partidos recebem dinheiro de privados. Basta lembrar o caso dos sobreiros, por exemplo, ou aquele pormenor cómico do "Já Cinto Leite Cá Pelo Rego". 
Isto significa que as subvenções públicas para os partidos não lhes chegam. Cortar mais, torná-los-á portanto ainda mais dependentes dos privados, os quais, como é óbvio, não dão nada a ninguém sem receberem algo em troca. 
Relativamente à generosidade dos partidos na Madeira, é estranho. Como é que funciona? Os partidos dão voluntariamente o excedente do que recebem aos pobrezinhos? Ou há regras? E quem as determina? Numa região em que mais de metade das pessoas e a grande maioria das empresas vive à sombra do Estado, afinal não é só “mamar”? Ou os dinheiros públicos são tantos que até dão para os partidos organizarem as suas próprias festinhas de caridade? Se nos lembrarmos de um comício (e bebício...) do Bloco de Esquerda, há uns meses, ao qual as pessoas compareceram em massa para comer e beber, pondo-se depois a mexer sem darem tempo ao Louçã de "botar faladura", parece que as carências dos madeirenses já chegaram às mais elementares.
O TC vive tempos conturbados. Enquanto uns advogam a sua extinção pura e simples e outros “apenas” a sua despromoção a uma secção do Supremo, face às suspeitas de partidarização dos seus juízes e, consequentemente, à dificuldade de se conseguirem nomear pessoas com credibilidade, aparece agora o seu Presidente (numa fuga para a frente?) a dizer como se deve governar o País.
Um bocado confuso, pelo menos para mim…

Dois vermes que um dia quiseram ser astros

Pinto Monteiro está atento a todas as notícias sobre a Universidade Lusófona, no âmbito do 'caso Relvas'.
O PGR, o Tribunal de Contas, as entidades reguladoras, o Provedor de Justiça, os tribunais, o Parlamento, a outra rainha de Inglaterra chamada PR (na minha terra mais conhecido por “Gravelho"), as eleições de vez em quando, a comunicação social "livre e plural", com os seus jornalistas "competentes e independentes" a fazerem "jornalismo de investigação", as polícias também, porque não? e os cães de caça, é tudo da mesma raça.
Explicando melhor: todas elas são instituições absolutamente necessárias mas não suficientes para construir uma democracia.
E porquê? Porque a democracia não faz sentido por si só, mas apenas na medida em que permite e contribui para a liberdade, pluralidade, fraternidade, igualdade, responsabilidade, justiça, respeito pelos outros...
Uma "democracia" em que as instituições apenas fingem que existem, sem cumprir o seu papel, permitindo que a corrupção alastre, as desigualdades se aprofundem, os políticos e afins parasitem a sociedade, enfim, os ricos se tornem cada vez mais ricos enquanto os pobres se tornam cada vez mais pobres... não é mais que um arremedo de democracia.
O Pinto Monteiro é apenas mais um dos muitos palhaços bem pagos para fingir que fazem alguma coisa de válido, ao mesmo tempo que encolhem os ombros de impotência e indiferença perante os vampiros que nos sugam insaciavelmente.
Confesso que me apetece dar um enxerto de porrada às luminárias que, do alto das suas três ou quatro reformas pagas por uma maioria que continua a trabalhar desesperadamente para que este País não se afunde de vez, afirmam sem qualquer vergonha que todos temos que pagar o preço de termos vivido acima das nossas possibilidades, aceitando estoicamente o empobrecimento. Porquê?
1. Porque eu não vivo, nunca vivi nem viverei acima das minhas possibilidades;
2. Porque essas luminárias não souberam prever e muito menos evitar a crise em devido tempo, tendo pelo contrário muitos deles contribuído para ela;
3. Porque os verdadeiros responsáveis por este estado de coisas são os bancos, os políticos corruptos, as grandes empresas das obras públicas e os escritórios de advogados que fazem as leis absurdas que os absolvem e nos condenam, os estudos e consultorias de milhões e os contratos sempre ruinosos para o Estado e principescos para os privados.
Perante tudo isto, o que são o PGR e o Relvas?
Apenas dois vermes que um dia quiseram ser astros...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cortar-lhes a língua ou rirmo-nos, eis a questão


  1. "Estou absolutamente inocente".
    Duarte Lima, acusado no Brasil pelo assassínio da sua cliente Rosalina Ribeiro.
     
  2. "Governo trata autarcas como delinquentes".
    Isaltino Morais, condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais, bem como ao pagamento de 463 mil euros ao Fisco.

    Leio e fico na dúvida sobre o que se deveria fazer a estes dois mafiosos.
    O primeiro sentimento é, claramente, afirmar que mereciam que lhes fossem cortadas as respectivas línguas. Quem rouba e mata descaradamente, sem que a (in)justiça lhe consiga deitar a mão, deveria pelo menos desaparecer das nossas vistas. Qualquer coisa como fez o Dias Loureiro, por exemplo.
    Mas pensando bem, e já que não é possível castigá-los como mereciam, até é bom que falem e apareçam de vez em quando. Para que nenhum português se esqueça que, enquanto esta canalha não for severamente punida, não é possível haver esperança em dias melhores. Porque é precisamente por causa deles que caímos nesta imundície em que chafurdamos e nos afundamos dia após dia.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O anexim da Lusófona


Já me parecia que este anexim* era um ás no folclore (cantas bem mas não m'alegras), agora se foi presidente de uma associação e tudo, já se compreende. 
Fora o restante currículo, bem entendido. 
É uma coisa fora de série, só visto.
Por falar nisso, alguém o conhece?
Para além do Damásio da Lusófona, claro...
* Anexim - estudante de um curso anexo à Universidade.
(http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/anexim)
'Tão a ver a coisa? Anexo à universidade...
Eh! Eh! Eh!
Mal posso esperar pela próxima anedota deste palhaço...

Até à náusea...


  1. Espero que o Crato acabe com este forrobodó. Obviamente, alterando as regras. Até porque palpito que andarão por aí mais Relvas escondidos nos esgotos da “chico espertice” do que muitos pensarão…

  2. Contrariamente a quem defende que o ministro da Educação se devia pronunciar sobre este escândalo, não o fazer é a única saída digna. E então se falasse para se escudar na legalidade da “coisa”, seria verdadeiramente demais. É indispensável, neste tempo de crise financeira, económica mas sobretudo de valores, que haja quem não se deixe prostituir. É que, por mais que o povo português possa ser confrontado com (e vitimado por) leis feitas por gente que se preocupa apenas em fazê-las de forma a beneficiar com os buracos que propositadamente lhes faz, ainda há coisas que não se compadecem com a suposta “legalidade” destes e de outros atentados ao Estado de Direito que gostaríamos que Portugal fosse. Chamem-lhe “moral”, “ética” ou simplesmente “decência”.

  3. É patético e ridículo o esforço que alguns "comentadores de serviço" fazem para desculpar mais este caso do Relvas, depois de terem atacado desalmadamente o Sócrates por se ter licenciado num domingo. Qualquer dos casos foi um abuso, mas este é muitíssimo mais escandaloso. É preciso explicar porquê? De qualquer forma, entre um e outro, venha o diabo e escolha.

  4. A certificação de competências não pode permitir esta vergonha: equivalências em 32 cadeiras, mais 4 feitas sabe-se lá como, porque provavelmente nem exames o homem fez.

  5. Certificar competências não é o papel das universidades (embora o possam fazer sem abusar), mas sim transmitir conhecimentos aos alunos, o que obviamente não aconteceu neste caso.

  6. Ouvindo os responsáveis da Lusófona falar, até parece que neste caso sucedeu o contrário, tal o currículo e o saber apregoados em favor desta personagem.

  7. O currículo das pessoas não se vê pelos cargos (ia dizer tachos...) que tiveram, mas pelos resultados do seu trabalho. Ora, alguém me sabe dizer o que é que o homem fez assim tão relevante no PSD, na NATO ou quando era secretário de Estado? E que riqueza criou nas empresas por onde andou?

  8. Não me digam que Bolonha é que permitiu isto e que é igual em todo o lado, porque me recuso a acreditar que a Alemanha, a França ou a Inglaterra permitam ciganices destas.

  9. Mais do que a Lusófona, quem fica em xeque por causa disto são os professores que o possibilitaram, por acções ou omissões. Confesso que, mesmo sem os conhecer, me custa um bocadinho acreditar que eles estão de consciência tranquila, ainda que o apregoem. Afinal, são professores e não propriamente um bando de prostitutas (sem ofensa para as ditas). Estarão intimamente arrependidos, ou apenas envergonhados pelo impacto que este caso teve?

  10. Nenhuma empresa aceitaria um trabalhador com base numa licenciatura feita assim.

  11. A única razão que levou o Relvas a sujeitar-se a esta pouca vergonha foi a vergonha que sentia por lhe chamarem dr. sem o ser. Foi só por causa da saloiice do título.

  12. O Relvas é um mentiroso compulsivo, como já demonstrou, e cá estaremos para o ir confirmando no dia-a-dia. À boa maneira portuguesa, até à náusea...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um click para deter a clique...

Currículo do Relvas:
Relações perigosas com (ex)secretas;
Ameaças a jornalistas;
Licenciatura num ano;
Enriquecimento através da promiscuidade permanente entre cargos políticos e empresas "esquisitas" (leia-se "daquelas que não produzem nada").
Currículo do Sócrates:
Praticamente igual.
Currículo do Passos Coelho:
Praticamente igual (licenciatura tardia, primeiro emprego como deputado, promiscuidade entre empresas e política, inexistência de percurso académico ou profissional relevante)
Perante este nojo (não me ocorre outra palavra) e outros como Freeport, BPN, PPP, etc., só se pode estranhar a passividade dos portugueses.
Isto é como o triângulo do fogo, que para ocorrer necessita de três condições: combustível, comburente/oxigénio e ignição/calor.
A mim, parece-me que é este último que falta para que o sonambulismo que nos tolhe se transforme numa explosão social.
Um simples click (http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/click) para deter esta clique (http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/clique)...

Nojo!

Requereu a admissão à Lusófona em 2006.
Licenciou-se em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007, com 11.
Inscreveu-se pela primeira vez no ensino superior em 1984, no curso de Direito da Universidade Livre. 
Em 1985 concluiu, após oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional, com 10.
Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História. Matriculou-se em sete disciplinas, mas não fez nenhuma. 
Quando foi eleito pela primeira vez deputado, em 1985, escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito”.
Repetiu a mentira em 1987.
Em 1995/96 pediu reingresso na Lusíada para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou nenhuma cadeira. 
Bolonha tem as costas largas...
Há uns anos, quando era secretário de Estado, prometeu à então bastonária da Ordem dos Arquitectos um bom subsídio de formação para a ordem... se esta aceitasse que fosse a empresa de um amigo a dar essa formação.  
Ultimamente esteve envolvido em casos mal explicados envolvendo secretas, investigações e ameaças a jornalistas.
Hoje é ministro e parece que está rico.
O amigo das formações é primeiro-ministro e parece que (ainda) não está rico.
O anterior primeiro-ministro vive à grande em Paris, dos rendimentos conseguidos quando (des)governava.
Licenciou-se num domingo.
Recebeu um balúrdio para permitir a construção de uma grande superfície comercial num espaço em que isso não era permitido.
Tem milhões em offshores.
Os estudos que permitiram calcular as indemnizações a pagar por parte do Estado às concessionárias das ex-SCUT foram encomendados a técnicos altamente qualificados (mas tão modestos que preferem ficar no anonimato).
Estes cientistas aplicaram rigorosas fórmulas matemáticas para calcular o número de utentes dessas vias.
Nomeadamente a táctica fórmula do quadrado.
Contaram o número de carros que lá passavam e multiplicaram-no por si mesmo.
Se houver uma investigação ('tá-se mesmo a ver), a mulher da limpeza é que se vai lixar.
Os roubos do BPP e do BPN caminham a passos largos para a prescrição.
E ainda há quem esteja convencido que Portugal está falido porque os portugueses são uns calaceiros...