quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Pedro e o lobo

Ponto 1 - O Passos Coelho é um aldrabão.
Ponto 2 - Claro que este facto, por si só, não tem uma conotação particularmente negativa, uma vez que o seu antecessor, por exemplo, até tinha por alcunha «Pinóquio». Há mesmo quem diga que para se chegar ao poder é preciso mentir com quantos dentes se tem na boca, porque o povo «gosta de ser enganado».
Ponto 3 - Porque é que ele é aldrabão? Os exemplos são mais que muitos, mas fiquemo-nos por um: antes de ser eleito garantiu que não ia aumentar os impostos e depois de «lá» chegar lançou sobre os portugueses a maior carga fiscal de que há memória.
Ponto 4 - Alguns comentadores, para o desculparem, afiançam que não tem alternativa senão aplicar a receita da troika, uma vez que estamos totalmente dependentes dos credores para podermos honrar os nossos compromissos (nomeadamente, os juros da dívida...) e, sob pena de cairmos no abismo (com tanta queda no abismo, não tarda estamos a chegar à... China, pois claro!), temos que abdicar «temporariamente» da nossa soberania. Ou, como na anedota, «uu bdc OO» (explicando, com sotaque africano: «os pequeno[s] [o]bedece[m] [a]ós grande[s]»).
Ponto 5 - Tanto nos martelam na cabeça que não temos alternativas a esta política («uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade» - Goebbels, ministro da propaganda de Hitler), que somos forçados a concluir que este é realmente o único caminho. Resignemo-nos então. Batamos com a cabeça na parede e penitenciemo-nos pelo tempo em que andámos a viver «acima das nossas possibilidades». Suspendamos a democracia por uns tempos e façamos uma espécie de união nacional, para ver se conseguimos tornar-nos o primeiro país do mundo a ficar livre de dívidas. Como diria o Salazar, pobrezinhos mas honrados. Ou, ainda à maneira do velho ditador, oremos para que o Pedro nos livre da terceira guerra mundial, já que não nos consegue livrar da fome.
Ponto 6 - Apesar de tudo, continuo na minha... ponto 1...

Sem comentários:

Enviar um comentário