quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Não, não sou o único...

Governo: Aumento salarial dos políticos está relacionado com subsídios de residência
O Executivo esclarece que o aumento de 81 euros que se registou de 2011 para este ano está relacionado com a atribuição de subsídios de residência (deslocação) a membros do Governo que tenham residência a mais de 100 quilómetros do local de trabalho.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=575331

Será possível que estes governantes sejam ainda mais vigaristas do que os do PS?

É que, apesar de este governo ser mais pequeno do que o anterior, consegue ter mais gente a beneficiar do esquema que consiste em declarar uma morada onde na realidade não vive, a fim de poder sacar mais umas massas ao erário público.

Sim, esta coisa de declarar uma residência oficial fora de Lisboa não passa, na maior parte dos casos, de uma burla, punível por lei, nomeadamente pelo artigo 256.º do Código Penal. Assim em Portugal as leis fossem para cumprir.

Os políticos, na sua grande maioria, vivem habitualmente na capital, uma vez que se trata de profissionais desse “ofício”. Como quem não aparece, esquece, quem quer mamar tem que estar perto da mama. Quando não estão no governo, estão no Parlamento, na Administração Pública ou nas empresas e escritórios de advocacia que fazem as grandes negociatas com o Estado… Mesmo aqueles que estão temporariamente desterrados na “paisagem” (por exemplo nas autarquias), é mais que provável que mantenham habitação em Lisboa.

É sobejamente conhecido o caso do “Vai estudar”, que, além de outras vigarices, como a licenciatura “à bolonhesa” ou as viagens-fantasma dos deputados (batman e quejandos), sempre se apresentou como sendo de Tomar, apesar de viver em Lisboa desde 1985.

http://daquepensar.com/wp-content/themes/fresh-and-clean/images/miguel-relvas.pdf

“E sou só eu? Cadê os outros?”

Mai nada...

«É perfeitamente possível que haja pessoas que defendam uma solução supostamente liberal, dizer “eu não sei o que é isso de serviço público”, ou “qualquer canal pode fazer serviço público, não apenas a televisão do Estado”, e portanto ir para um modelo de privatização total.
Eu não consigo perceber é que ao mesmo tempo que se faz esse discurso se mantenha o contribuinte a pagar uma taxa, porque isso não se pode ser liberal só para aquilo que vai no sentido de proporcionar ao privado uma licença que era uma licença de um canal do Estado e depois ser o mais estatista possível, mantendo o contribuinte a pagar uma taxa que muito dificilmente poderá ser garantida como indo no sentido da promoção do serviço público de televisão…»

João Almeida, deputado do CDS, ontem na RTP


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cavaco talvez se oponha à concessão da RTP...


«Cavaco contra modelo do governo para a RTP»
«"Um canal da RTP talvez deva ser privatizado mas talvez seja conveniente manter um no serviço público", disse Cavaco Silva em 22 de Dezembro de 2001 numa entrevista à RTP.»

A opinião de Cavaco não é bem uma opinião, já que na mesma frase utilizou duas vezes a palavra «talvez». 
Será talvez mais correcto afirmar que o nosso presidente talvez tenha opinião sobre este assunto. 
Acresce que esta «talvez opinião» tem quase 11 anos. Entretanto, este assunto andou esquecido, de modo que agora a nossa «rainha de Inglaterra» vai ter que repensar tudo de novo.
Mas, conhecendo-o como a gente o conhece, só se deverá manifestar contra esta manigância do governo se a opinião pública começar a mostrar a sua indignação. O que talvez nunca venha a acontecer, uma vez que o povo é sereno e de brandos costumes... e já está demasiado habituado a estes assaltos ao erário público para se indignar. Infelizmente.
Cavaco não chegou onde chegou por ser especialmente frontal ou corajoso, mas sim por ser calculista e se preocupar sobretudo com o seu próprio sucesso.
E assim continuará a ser.
Esperemos então pelos próximos resultados das sondagens.
Para mim, que tenho opinião, a concessão da RTP nos moldes anunciados pelo Borges/Sachs não passa de uma PPP à moda do anterior governo, com a agravante de nem sequer nos dar em troca nenhuma autoestrada para... não andarmos.

PS - Em Fevereiro de 2010 Passos Coelho afirmou: 
«O governo está a prometer alienar participações como quem vende os anéis para ir buscar dinheiro».
E em Junho do mesmo ano:
«A política de privatizações em Portugal será criminosa nos próximos anos se visar apenas vender activos ao desbarato para arranjar dinheiro».
É só para recordar...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Quando o PS for Governo existirá serviço público de televisão"

A afirmação é de António José Seguro:

Promessas leva-as o vento… muito mais se se tratar de promessas de políticos mentirosos, passe o pleonasmo.
Senão, vejamos:

Best of Passos Coelho:

Best of Sócrates:

Cavaco e o BPN:

É falsa a ideia de que as empresas públicas não podem ser bem geridas. No geral, claro, porque em Portugal, com a cor política, a cunha e o compadrio a sobreporem-se à competência e sem responsabilização pelos resultados, nada mudará.
A RTP sofreu nos últimos anos grandes cortes, a par com grandes transferências do OE para liquidar o seu passivo. Agora, que aparentemente entrou na linha, era só continuar. No fundo, exactamente a mesma coisa que se pretende fazer com o País.
Portugal precisa de uma televisão pública em condições. Com programação de qualidade, sem concursos da treta, nem telenovelas, nem futebol, com séries de ficção nacional, documentários e informação de qualidade. Isso é possível e desejável (basta ver o exemplo da BBC) e não obriga a um aumento de custos, pelo contrário.
Essa televisão poderia e deveria continuar a ser paga com a taxa do audiovisual (2,25 € por factura de electricidade), sem publicidade e sem "estrelas" com salários de luxo.
Os respectivos administradores, nesta e em todas as outras empresas públicas (e nos governos…) seriam RESPONSABILIZADOS pelos resultados da sua gestão.
A solução para a RTP não pode nunca ser a sua entrega a privados, acompanhada dos 140 milhões € da taxa que todos pagamos. Isso é que não, porque não passa de mais uma PPP.
É tempo, de uma vez por todas, de parar com estas negociatas que só favorecem os privados, à custa de todos nós.
Já agora, o que o PSD prometeu no seu programa eleitoral relativamente à RTP foi:
«… Ir‐se‐á proceder à alienação ao sector privado de um dos canais públicos comerciais actuais. Quanto ao outro canal, hoje comercial, ficará na esfera pública e será essencialmente orientado para um novo conceito de serviço público.»
Apenas mais uma aldrabice para o rol das promessas não cumpridas.
O mesmo sucederá com o Seguro, quando (e se) for primeiro-ministro…

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

De fa[c]to, conta[c]to leva cê

Fui ontem dar um mergulho à Praia do Salgado – onde na véspera tinham tragicamente morrido afogados avô e neta – e vi lá afixado, na parede do balneário, um cartaz com informações úteis, que dizia em letras garrafais: CONTATOS. Seguia-se uma lista de números telefónicos da polícia, bombeiros, etc. 

Ainda não entendi se algumas pessoas são mesmo estúpidas ou se simplesmente gostam de se armar em engraçadas. Na segunda hipótese, parece-me que se deveriam abster de o fazer em documentos pagos com o dinheiro de todos nós.

Se o que está em causa no (des)acordo ortográfico é essencialmente a eliminação de consoantes mudas, qualquer será a parte da palavra MUDAS que essas pessoas ainda não entenderam? Se calhar, há pessoas que não pronunciam o «c» de contactos, mas o (des)acordo não diz que cada qual pode escrever ou não essas consoantes, conforme as pronuncie ou não.

Há algum tempo, participei numa disputa acerca da forma correcta de escrever a palavra «quiser», em que um dizia que se escrevia com «s» e outro que era com «z». Um terceiro pretendeu resolver a contenda, sentenciando que «é como se quis[z]er».

Noutra ocasião, vi escrito «de fato», em fez de «de facto».

Já para não falar na velha história do «cágado» versus «cagado».

O (des)acordo já tem pontos fracos que cheguem, não lhes inventem mais alguns!

Ou inventem, para a gente se rir um bocado...

A Grécia sufoca...

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, pediu “um pouco de ar”, ou seja, mais tempo para adoptar as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais, segundo uma entrevista do governante ao diário alemão Bild.

http://economia.publico.pt/Noticia/primeiroministro-grego-pede-em-jornal-alemao-mais-tempo-para-fazer-reformas-1559948

Os alemães acham – aliás, como muitos portugueses – que os «do sul» andaram a portar-se mal, a «viver acima das suas possibilidades», que são uma cambada de caloteiros, de calaceiros e – particularmente os gregos, que nós somos uns "mansos" – de arruaceiros.

Além disso, o conceito de «miséria» é, como tudo na vida, relativo. Miséria, miséria, daquela que têm que «gramar» tantos africanos, asiáticos e latino-americanos, essa espécie de sub-humanos que representa a maior parte da – pronto, tem que ser – humanidade, não temos (ainda) por cá.

Portanto, a Alemanha, grande nação, culta e desenvolvidíssima, cheia de gente que adora trabalhar – apesar de trabalhar menos horas do que a gente de cá –, cheia de gente honesta, também – lá não há corrupção, isso é para os «do sul» –, que teve o "azar" de provocar duas guerras mundiais – mas que, apesar disso, é muito humanista –, a Alemanha, dizia, acha que ainda é cedo para acudir à «cambada».

– Deixemo-los penar mais um bocado, para ver se aprendem – diz a gorda Merkel, enquanto as massas aplaudem, desvanecidas.

E assim vamos (des)andando.

Enquanto a Alemanha não for obrigada a mudar de atitude, pelos seus «parceiros» ou, mais provavelmente, pela diminuição das suas exportações – o superavit deles é o nosso (do sul) deficit –, a situação de milhões de caloteiros, calaceiros e... (pois), vai continuar a agravar-se dramaticamente.

Especialmente a dos mais velhos.

Como diria o nosso presidente, «só nos resta esperar que acabem por morrer»...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A história vai-se repetindo


«Mineiros mortos na África do Sul são já 36»
http://expresso.sapo.pt/mineiros-mortos-na-africa-do-sul-sao-ja-36=f747324

«O ANC e as guerras entre sindicatos na África do Sul»

Eu, embora correndo o risco de ser demasiado simplista na minha análise, não preciso de aprofundar muito “a coisa” para compreender este problema. Quando vejo a polícia a disparar a matar sobre trabalhadores em greve, armados com catanas e paus, fico logo esclarecido…
Enquanto nos países civilizados a polícia enfrenta as manifestações com escudos, capacetes, cacetetes, canhões de água e gás lacrimogéneo, na África do Sul ainda é à antiga: com armas automáticas e munições reais. O apartheid está longe de estar enterrado...
As condições miseráveis em que trabalham aqueles mineiros, os salários baixos que auferem (cerca de 400 euros), mais as divisões criadas entre eles pela empresa que explora a mina, que pretendia substituí-los por outros (lá, como cá, o desemprego e a miséria são um excelente campo de recrutamento para as empresas menos escrupulosas) e ainda o aumento do preço da platina nos mercados mundiais (só na última semana subiu 15%), ajudam a explicar muita coisa.
E a polícia, "em nome da ordem", faz o que, infelizmente, tantas vezes tem feito ao longo da história, em todas as ditaduras e em muitas democracias: massacra os seus iguais...

Não foi a Islândia, foram os bancos!


«Para o FMI, o resgate ao estilo islandês é uma lição a reter em tempos de crise:
O compromisso da Islândia para com o seu programa de ajustamento, a decisão de impor perdas aos credores em vez de sobrecarregar os contribuintes e a opção de salvaguardar um Estado social que protege os desempregados da pobreza, permitiu ao país passar do colapso à recuperação.»

Independentemente das diferenças entre Islândia e Portugal (ex. corrupção, dimensão, riqueza, moeda, etc.), há um ponto essencial que marca a diferença: A DECISÃO DE IMPOR PERDAS AOS CREDORES EM VEZ DE SOBRECARREGAR OS CONTRIBUINTES E A OPÇÃO DE SALVAGUARDAR UM ESTADO SOCIAL QUE PROTEGE OS DESEMPREGADOS DA POBREZA!
Quanto àqueles que dizem que a Islândia roubou os pequenos investidores de diversas nacionalidades, a resposta é simples: 
Não foi a Islândia, mas sim os bancos, quem roubou os seus investidores. Alguns islandeses, é verdade, mas outros estrangeiros, com delegações na Islândia.

«Na Islândia foi ponto do acordo assinado entre o FMI e os representantes eleitos, que jamais o Tesouro seria chamado a cobrir os buracos abertos pela folia destrutiva do sistema bancário e suas derivas especulativas.»

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Aí, bruto!


Dizem os "entendidos" (políticos, economistas, banqueiros, troikistas de cá e de lá, comentadores e outros aldrabões sabichões):
«É preciso reduzir os custos do trabalho e aumentar a flexibilidade»
Baixam-se então os salários, despedem-se trabalhadores, altera-se o Código do Trabalho, reduzem-se as férias, tenta-se abolir a contratação colectiva, tenta-se aumentar o horário de trabalho, etc. e tal, que imaginação não falta.
Resultado:
«Os salários dos portugueses baixaram 1 537 milhões de euros desde que Portugal assinou o memorando de entendimento»
Sim senhor - dirão alguns -, foram medidas muito corajosas do governo, que deram resultado. 
Será? Então, o que significa isto:
«Custos do trabalho sobem 5% em Portugal. O índice dos custos do trabalho em Portugal, excluindo a Administração Pública, aumentou 5% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o período entre abril e junho do ano passado.»
Perante este quadro, ainda há quem diga que não se deve fazer greves, que temos que ser em comportados, porque andámos a gastar demais e tal...
Entretanto, as PPP não foram tocadas, nem as gorduras do Estado queimadas (mas as do Coelho sim, em manifestação de solidariedade com quem passa fome...)
O César das Neves, mais um economista "conceituado" (como o Constâncio, o Cavaco, o Gaspar, o Bessa, o Beleza e tantos outros...), cruzando as mãos sobre a pança, arrota:
«Miséria? Que tolice! Somos um país rico».
Ora PORRA!
Que é que querem mais?
Que baixemos as calças e ofereçamos vaselina a quem nos está a lixar com um F grande?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O nosso presidente preencheu ficha na PIDE... e depois?


A ficha foi preenchida pela mão do actual presidente da república. Quando instado a declarar a sua posição e actividades políticas, o jovem Aníbal escreve que está integrado no actual regime político e que não exerce qualquer actividade política.
Mais à frente Cavaco Silva dá o nome de três e não apenas das duas pessoas que eram requisitadas para o abonarem moral e politicamente. Um tenente e presidente de junta, um capitão e um fiscal da Carris e membro da União Nacional.
Cavaco Silva assina a ficha da PIDE e no capítulo das observações escreve sobre a situação marital do sogro. Diz o jovem Cavaco que o sogro é casado em segundas núpcias com Maria Mendes Vieira, com quem reside e com quem o declarante não priva.
Pch 'tá claro! O casamento é para a vida! Já nesta altura mostrava ser uma pessoa com uma estatura moral irrepreensível...
Cavaco admite ter preenchido a ficha na PIDE, mas diz que não se lembra.
Este documento está actualmente na torre do tombo e faz parte dos arquivos da polícia internacional e de defesa do estado.
Este honestíssimo político (aliás, nem gosta que digam que é político, ele lá sabe porquê...) é um ídolo com pés de barro claramente uma vítima das típicas inveja e maledicência tugas.





Também não se lembra de muita coisa relativa à sua vivenda no Algarve:
Ou ao BPN:
"Cavaco Silva comprou acções da SLN a preço de saldo"
"Cavaco e filha lucraram com acções da SLN"
Tem portanto problemas de memória. Deve ser do PDI...
O genro dele comprou por 21 milhões de euros o Pavilhão Atlântico (cuja construção tinha custado 50 milhões), apesar de estar cheio de dívidas... mas que tem ele que ver com isso?
Depois da "diplomacia do croquete", Cavaco descobriu a "diplomacia do facebook":
"Cavaco Silva desafia Banco Central através do Facebook"
É ou não é todo páfrentex o nosso plusidente da junta?...
'Tamos bem entregues, 'tamos...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Estamos bem entregues...

Devagarinho, alguém me sabe explicar qual é o sentido de o nosso primeiro ir de férias no seu Clio e levar atrás dez seguranças num BM e num Mercedes? 
Não poupava mais se levasse o BM oficial e um ou dois seguranças? Já não digo que não levasse nenhum, porque podia haver algum maluco (ou desesperado) que lhe apertasse o papo... 
Ou então simplesmente fosse para a Quinta do Lago, para junto daqueles a quem presta contas, que não pagava renda e podia beneficiar da segurança deles.
Achei piada quando li que uma comerciante local disse, a uma pergunta de um "jornalista": 
- Sim, é presença habitual na Manta Rota! Há uns quatro anos (!).
Ou seja, o homem parece ter uma obsessão por parecer simples, humilde e tosco, como acha que o povo é.
Há quatro anos, quando decidiu retomar a carreira política, mudou para a praia dos tesos. O carro é um Clio, porque o Ministério, agora, e o padrinho Ângelo, antes, lhe disponibiliza(va)m um bólide à borla. A reforma de deputado a que "tem direito", está congelada, para bem parecer. O curso que tirou tardiamente não parece ter sido aldrabado, como o do Sócrates e o do Relvas. As calinadas sucedem-se a torto e a direito, para parecer mais popular. Os portugueses estão "pobres e honrados", como convém. Só lhe falta criar galinhas em S. Bento... 
E agora outra: já viram a ficha de inscrição do Gravelho na PIDE? Até lá pôs que não se dava com o sogro por este se ter casado em segundas núpcias.
Estamos bem entregues...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

"Há quatro anos que vem cá"


"Há quatro anos que vem cá, diz a funcionária de um restaurante", a propósito das férias do nosso primeiro na Manta Rota.
Este gajo saiu-me um grande marmelo! Desde os tempos da Jota que ele tem tudo pensado. A reforma de deputado recusada (por enquanto). A licenciatura aparentemente normal (por enquanto). Os empregos em empresas privadas (por enquanto, que há quem diga que o padrinho Ângelo enriqueceu a fazer negócios com o Estado). A passagem fugaz pela docência no ensino superior para enriquecer o currículo. A preferência, ainda que recente, por esta "praia dos pobres". O palavreado meio tosco, à portuga. O amigo Relvas para fazer o trabalho sujo. Não há dúvida que soube planear a sua própria carreira política com grande antecedência e atenção aos pormenores.
Quanto às suas ideias relativamente ao País, há quem diga que não há nem uma na sua cabeça, decerto atafulhada com outras do tipo das já citadas. Como há quem defenda que as tem bem claras. Quais? Ora, quais... retalhar o resto de riqueza que ainda pode esmifrar ao povo, seguindo a máxima do seu certamente ídolo Salazar: "pobres", paupérrimos, fiando-se no "honrados" como sinónimo de "mansos", enquanto a clique de abutres que pulula à sua volta como pululava à volta do de Santa Comba, como sempre pululou à volta de todos os poderes... engorda cada vez mais.
Como dizia o Zeca, "eles comem tudo e não deixam nada". Este simpático, humilde e simples primeiro ministro copiou a receita, não é original. Nem ele nem o que ele representa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Isto assim não ata nem desata


“Os desempregados já podem acumular o subsídio com um salário”
Esta medida tem o mérito de acabar com aquelas situações em que os desempregados recusavam um emprego porque ganhavam mais ficando com o subsídio. Digamos que é menos um argumento para os que acham que os desempregados são uma cambada de calaceiros que não trabalham porque não querem.
Junta-se à de fazer trabalhar os beneficiários do RSI 15 horas por semana. Também esta tem o mérito de forçar a “canalha” a inscrever-se nos Centros de Emprego. Além de obrigar estes também calaceiros a terem que fazer alguma coisa em troca do que recebem.
São medidas populares para a direita, que acha que todos os que não trabalham são preguiçosos e deveriam ser deixados a morrer de fome.
A grande vantagem destas duas medidas é que não têm desvantagens. E até tem algumas vantagens para os nossos empresários. Senão vejamos:
1. Os do RSI vão trabalhar 60 horas por semana. Como em média ganham 92 euros por mês, dá 1,5 por hora. Nada mau para quem beneficiar deste trabalho, por muito desqualificado que seja... Insere-se na lógica (cada vez mais) dominante neste País, que é a de pagar salários quanto mais baixos melhor.
2. Quanto aos desempregados, dois empresários amigos (ou um com mais que uma empresa) despedem os respectivos trabalhadores e contratam seguidamente cada um os do outro.
3. Relativamente à contratação de jovens desempregados, também aqui os patrões vão beneficiar, já que ficarão isentos da TSU. Antevê-se, portanto, despedimentos entre os trabalhadores mais velhos, a fim de darem lugar à rapaziada. Antevê-se igualmente alguma dificuldade em conciliar esta troca de empregos entre pais e filhos com o facto de os nossos jovens serem, no mundo, dos que mais tarde saem da casa materna.
Quanto à questão de fundo, o aumento astronómico do número de desempregados, estas medidas não atam nem desatam.
Pela simples razão de que as economias só criam empregos quando crescem.
Ora esse dia, em Portugal, ainda vem longe…

Discurso "rasca" ou não, eis a questão...


1. O nosso primeiro pertence à geração rasca. 
2. Sendo assim, é natural que o seu discurso condiga com a sua condição. 
De qualquer forma, seja ou não encenado o discurso de PPC, isto é como o amarelo: uns gostam e outros não. 
Também havia muita gente que apreciava o "parlapiê" do Sócrates, sem dúvida muito mais elaborado, e no entanto... 
A gente gosta mais de um do que do outro, não tanto pela personagem em si, mas pelo facto de ela ser oriunda de um quadrante político mais ou menos ao nosso gosto (a velha mas sempre actual dicotomia esquerda/direita) e, depois de ver de quem é o discurso, decide então se gosta ou não. O resto são argumentos que construímos, mais ou menos laboriosamente, para "defender a nossa dama". Assim um pouco ao jeito do professor Marc(t)elo, que faz (vende) pareceres a dizer que uma coisa é preta ou branca, consoante o pedido do cliente. 
O problema é sempre o mesmo: como eles não são gagos, há sempre quem aprecie o que dizem. Aliás, até o nosso presidente, que é meio gago e sempre que tenta fugir às banalidades se enterra, tem quem o defenda. Por causa do discurso? Claro que não! Por causa da cor... 
O problema não é o discurso, que só serve para nos entreter. O problema é a prática. Pois é, é a acção. E aí, o que vemos? Dois primeiros-ministros absolutamente lacaios do poder político e económico dos grandes e o País a afundar-se. 
Aí não se distinguem um do outro e a gente é que se lixa...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eis a resposta à "perfeita legalidade" da coisa...


E agora?
Num país normal, esta ilegalidade teria que ter consequências.
Mas não em Portugal, claro.
Nem que tenha que se alegar prescrição, ou qualquer outra artimanha do género.
Quanto à ética, estamos conversados...

«Curso violou 'carta de princípios' da Lusófona
Através do processo de competências profissionais, só em casos extremos devem ser atribuídos mais de 40% dos créditos necessários à conclusão do curso - é o que diz um documento da Universidade Lusófona a que VISÃO teve acesso»